Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: História e Devoção

História

A Igreja celebra no dia 27 de junho a Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O ícone ou a imagem representa, além de outros simbolismos, o cuidado de Maria com seu filho Jesus – o que para os católicos também demonstra a proteção aos filhos que a Ela pedem socorro.

Essa tradição surgiu devido à crença de que um rico comerciante do século XV possuidor do quadro, em uma viagem no Mar Mediterrâneo, diante de uma tempestade no mar, recorreu à Virgem. Na oportunidade, o homem estava levando a pintura para a Itália, já que ela estava sob ameaça de ser destruída. Pegando o quadro e pedindo socorro, o mar se acalmou. Ele, então, disse que o mundo ainda renderia homenagens à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Não se sabe a data exata, nem quem pintou o ícone, mas sua veneração se iniciou na Ilha de Creta, de onde o comerciante o levou para a Roma. O quadro foi dado de presente a um amigo que pediu em seu leito de morte que o ícone fosse exposto em uma Igreja.

Já com a família do presenteado, o ícone ficou guardado até que Nossa Senhora apareceu por duas vezes à uma criança de seis anos, filha do casal portador do quadro. Na segunda vez, Nossa Senhora reafirmou à menina sua vontade de que a imagem fosse colocada em uma Igreja: “Quero ser colocada em minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão”. Finalmente, assim foi feito e grandes milagres se realizaram.

A imagem foi exposta à veneração pública na Igreja de São Mateus, por três séculos, tendo se tornado um centro de peregrinação do mundo católico. Em 1778, a guerra destruiu o templo, mas o quadro foi salvo por religiosos agostinianos que o levaram para a Igreja de Santa Maria in Posterula, onde funcionava seu mosteiro, do outro lado da cidade.

O último religioso que resgatou o quadro, então, religioso redentorista e idoso, atendeu ao pedido de seus irmãos sacerdotes para que o quadro fosse colocado na Igreja de Santo Afonso, construída no mesmo lugar em que estivera a Igreja de São Mateus, a que respondeu o Papa Pio IX: “É a nossa vontade que a imagem da Santíssima Virgem volte para Igreja entre Santa Maria Maior e São João de Latrão”.

A partir de então os Redentoristas seguiram a orientação de Nossa Senhora e sua imagem carregando o menino Jesus, passou a ser mais conhecida e venerada em todo o mundo.

Conheça a explicação do ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro assistindo o vídeo pelo link www.youtube.com/watch?v=cjd0HYnqSl8.

 

Devoção: Dom Ávila – Eureka – Padroeira da família eurekista

A devoção ao sagrado ícone do Perpétuo Socorro esteve presente na família do fundador do Movimento Eureka, Dom Ávila, desde os tempos de seus pais, Vicente e Vicentina.

Quando tinha dois meses o pequeno Geraldo (Dom Ávila) ficou enfermo. Seus pais recorreram ao socorro de Nossa Senhora e de São Geraldo. Prometendo que, caso ele ficasse curado, o orientariam para que se tornasse sacerdote.

Registrando em seu diário, Vicentina anotou: “Prostrados, agradecemos à Virgem do Perpétuo Socorro esta tão grande graça”. Curado, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passaria a ser padroeira de Dom Ávila por toda a sua vida, tendo estado com ele do nascimento à sua morte.

Além do Divino Espírito Santo, patrono da família do fundador do Movimento Eureka, também Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sua padroeira se tornou padroeira do Eureka desde a fundação do Movimento.

Recentemente o Movimento Eureka resgatou a tradição da coroação de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com as crianças do Eurekinha. Em 2017, foram três coroações, além da Padroeira, o Movimento também coroou Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Aparecida – recordando seus jubileus, 100 e 300 anos respectivamente. Neste sábado, 30 de junho de 2018, o Eureka se alegrará com a festa de sua Padroeira, coroada novamente pelas mãos das crianças do Movimento, durante a Santa Missa das 19h em sua sede na 906 Norte, em Brasília.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, socorrei-nos!

Em 27 de junho – Dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

 

 

Um pouco sobre a veneração católica às imagens

Sabemos que os primeiros cristãos já utilizavam imagens em seus locais sagrados, geralmente lugares de culto como nas catacumbas. As primeiras imagens surgidas representavam cordeiro, peixe, âncora, pomba, a Virgem Maria, os Apóstolos, o Bom Pastor, além de outras. Essa devoção dos primeiros séculos foram meios que os cristãos encontraram para instruir a comunidade acerca dos evangelhos e dos textos do antigo testamento, além de recordar mártires da Igreja.

No II Concílio de Nicéia, em 787, a Igreja confirmou a legitimidade do culto às imagens sagradas e considerou adequadas para representar a divindade.

O Concílio Vaticano II (1962 a 1965), institui o culto à Virgem Maria exortando os fiéis a promoverem a devoção à Nossa Senhora.

O Papa São João Paulo II, na Audiência Geral de 29 de outubro de 1998, reforça esta doutrina de devoção à Nossa Senhora e culto às imagens.

“Trata-se de indicações que valem de modo particular para o culto da Virgem. As imagens, os ícones e as estátuas de Nossa Senhora, presentes nas casas, nos lugares públicos e em inúmeras igrejas e capelas, ajudam os fiéis a invocar a sua presença constante e o seu misericordioso patrocínio nas diferentes circunstâncias da vida. Ao tornarem concreta e quase visível a ternura materna da Virgem, elas convidam a dirigir-se a Ela, a suplicar-lhe com confiança e a imitá-la, acolhendo com generosidade a vontade divina.”, nos relata o professor Felipe Aquino em seu artigo “A Devoção Mariana e o Culto das Imagens – Papa João Paulo II”.

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